As antigas Caixas Económicas dos tempos que já lá vão, mostram-nos como os tempos mudaram, se compararmos a situação em que vive agora o português pobre. Quase todos os dias se ouve nos meios de comunicação que a maioria vive abaixo do limite da pobreza para que o português rico nade em dinheiro. Que tristeza... O português pobre, se adoecer, na maior parte das vezes não pode comprar o remédio que resolveria a sua situação de doente.
Mas, voltando atrás, dizia-se que, para se promover o amor à economia, para aqueles que desejassem guardar e capitalizar o que haviam poupado, foi então que se criaram as atrás referidas Caixas Económicas. Aceitavam-se todas as quantias, mesmo pequenas as quais rendiam um juro PEQUENO MAS CERTO. Os depositantes possuiam um livrete ( e aqui me lembro do meu querido avô materno que, de cada vez que o visitava, lá estava ele a fazer os seus apontamentos com uma letra e uns números pequeninos, talvez de acordo os seus parcos depósitos embora fosse considerado, naquele tempo um homem rico). Eu aparecia e ele fechava o livrinho de capa preta pequenino e sobre o comprido.
Dizia-se, também, que todas as pessoas ricas e pobres tinham grande vantagem em fazer os seus depósitos na Caixa Económica pois estava sempre à mão para o que fosse urgente e lá se iam vencendo os juros. Belos tempos... Vivia-se com simplicidade...
3 comentários:
escreve isto em ingles porque está girissimo,melhor...delicioso!parabens!
Cara Milai,
Que belas recordações!
A vida era simples. Ganhava-se pouco, procurava-se não gastar tudo e a poupança era uma segurança para necessidades futuras. Era-se previdente, cauteloso, planeador. A poupança rendia e crescia.
Agora vive-se do crédito, pagam-se as prestações do empréstimo e vêem-se os bens penhorados quando o pagamento não vai a tempo.
E o saldo tem de ser grande para não pagar a «manutenção da conta», mesmo que esta tenha sido aberta por imposição do Estado para por ali receber a pensão. E a CGD é desse Estado. Mas é igual aos bancos em exploração. E há tanta gente a dizer mal desses tempos que nem imaginam como eram melhores do que agora, em muitos aspectos.
Abraço
Obrigada querido amigo pelo seu belo comentário.
Que bom, já está entre nós. A minha vontade de escrever desvaneceu-se mas, assim, ela volta. Estave preocupada consigo porque, afinal estamos no mesmo patamar da vida e o cansaço não deixa de nos atacar.
Porém, somos daquele que não se dão por vencidos e queremos viver a vida.
Saúde e um grande abraço
Milai
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