Tenho continuado com as minhas pesquisas sobre a alma e, aqui, aproveito para agradecer ao amigo Sempre Jovem João Soares que, com o que disse iluminou a minha mente bastante mais, tudo o que disse foi valioso mas, ainda não me dou completamente por satisfeita. Eu sei que "completamente" será impossivel devido ao facto de a alma não se ver, nem se tocar. Não ver e não poder tocar é algo dificil de aceitar e de compreender. Quanto ao nosso amigo DeProfundis, por suas próprias palavras foi direito ao assunto sem mais delongas, dizendo que não acreditava na alma e, por isso, intitulou-se, ele próprio, "desalmado" ao que, e peço me perdoe, achei piada e tive que me rir. Ora, está no seu direito. Cada um é livre para ser como quer mas, permita-me que lhe diga que, depois do riso veio-me a tristeza. Que bom seria, e que feliz eu seria, se todos acreditassem no divino! Quanto a mim, acreditar no divino é reconfortante, é como ter alguém num lugar que também ninguém conhece, mas a quem nos podemos dirigir nos nossos silêncios. conversar, pedir, agradecer... Quando algo de muito trágico acontece, envolvendo princilmente crianças indefesas e tão maravilhosas, imediatamente me vem à ideia aquele poema BALADA DE NEVE de Augusto Gil (Luar de Janeiro) "mas as crianças Senhor, porque lhes dais tanta dor, porque padecem assim? Aqui sinto um desfalecer, meu interior estremece com as dúvidas que me assaltam em momentos destes. As dúvidas que eu não queria ter mas que tenho.
Voltando à alma, eu diria que ela á uma energia que nos envolve, que nos faz sentir, pensar, actuar, sendo no entanto uma entidade separada do corpo. Será a parte espiritual dos humanos separada da parte física. É a parte espiritual dos humanos, tida no seu aspecto moral como sobrevivente à morte e sujeita à felicidade e à miséria duma vida que se seguirá e que ela, terá talvez de acompanhar de novo, numa nova missão . Aqui entra a imortalidade da alma. Morre um corpo mas a energia alma, essa, não morre. A maior parte das pessoas não acredita na imortalidade. Nunca mais esqueci a tristeza que me atacou quando, certa vez, saí do consultório dum médico amigo, agnóstico, que me disse, com uma certeza tipo punhal "não acredites nessas coisas, isso é tudo inventado, a gente morre e pronto, tudo termina". Senti-me como que vestida de luto, vazia e pensei... viver uma vida inteira a pensar deste modo é viver uma vida puramente material onde não há esperança, nem conforto, sendo, consequentemente, a morte um acontecimento que nos está reservado, a todos, pobre ou rico, bonito ou feio, muito mais difícil de aceitar. Como dizia o meu amigo médico, homem inteligentíssimo, "minha querida acabamos todos na terra e...nem digo mais, é feio, é triste...
Muitas vezes tem acontecido, dentro das famílias, um filho adoecer. Uma doença difícil, complicada. E o que fazem esses pais doloridos? Decidem finalmente recorrer ao Alto e pedir o milagre da cura. Se são pais que não acreditam, então porque o fazem?
Porém, voltando ao feio e ao triste, por mais que me digam coisas assim, felizmente, mantenho a minha maneira de ver, porque daí nenhum mal me ataca, nem a mim nem a ninguém.É a nossa liberdade. O fanatismo, esse sim, traz más consequencias, vejam-se a religiões fanáticas!!! Ora, eu, continuo a olhar para as estrelas, a conversar com o meu Pai Divino, a agradecer o que tenho e às vezes a pedir o que preciso. Aqui, lembro-me duma pequena história verdadeira, que aconteceu comigo e que não resisto a contar. Vou muitas vezes, nos fins de semana com os meus netos pequeninos, almoçar aos Centros Comerciais e, numa dessas vezes lembrei-me de dizer em ar de brincadeira, mas com uma ponta de esperança dentro do meu coração, já que às vezes é tão dificil encontrar lugar para parar o Ferrari ( lol )! Pai, já sabes, preciso dum lugarinho para para o carro. E, não é que, quando entro encontro logo lugar (muita gente dirá...coincidências. Quem sabe?). A cena repete-se e volto a repetir o pedido do costume e lá está outro lugar à minha espera. Os netos começaram a achar piada ao assunto e, certa vez em que me esqueci de fazer o pedido do costumo, não encontrei lugar, dei voltas e voltas até que a M. me disse: Vovó, esqueceste-te de pedir ao Papá do Céu!!! É verdade minha querida, tens razão, e, de repente vaga um lugar e todos ficamos contentes pois a fominha já estava apertando.