quinta-feira, novembro 08, 2007

AS ANTIGAS CAIXAS ECONÓMICAS

As antigas Caixas Económicas dos tempos que já lá vão, mostram-nos como os tempos mudaram, se compararmos a situação em que vive agora o português pobre. Quase todos os dias se ouve nos meios de comunicação que a maioria vive abaixo do limite da pobreza para que o português rico nade em dinheiro. Que tristeza... O português pobre, se adoecer, na maior parte das vezes não pode comprar o remédio que resolveria a sua situação de doente.
Mas, voltando atrás, dizia-se que, para se promover o amor à economia, para aqueles que desejassem guardar e capitalizar o que haviam poupado, foi então que se criaram as atrás referidas Caixas Económicas. Aceitavam-se todas as quantias, mesmo pequenas as quais rendiam um juro PEQUENO MAS CERTO. Os depositantes possuiam um livrete ( e aqui me lembro do meu querido avô materno que, de cada vez que o visitava, lá estava ele a fazer os seus apontamentos com uma letra e uns números pequeninos, talvez de acordo os seus parcos depósitos embora fosse considerado, naquele tempo um homem rico). Eu aparecia e ele fechava o livrinho de capa preta pequenino e sobre o comprido.
Dizia-se, também, que todas as pessoas ricas e pobres tinham grande vantagem em fazer os seus depósitos na Caixa Económica pois estava sempre à mão para o que fosse urgente e lá se iam vencendo os juros. Belos tempos... Vivia-se com simplicidade...

3 comentários:

Graça Paz disse...

escreve isto em ingles porque está girissimo,melhor...delicioso!parabens!

A. João Soares disse...

Cara Milai,
Que belas recordações!
A vida era simples. Ganhava-se pouco, procurava-se não gastar tudo e a poupança era uma segurança para necessidades futuras. Era-se previdente, cauteloso, planeador. A poupança rendia e crescia.
Agora vive-se do crédito, pagam-se as prestações do empréstimo e vêem-se os bens penhorados quando o pagamento não vai a tempo.
E o saldo tem de ser grande para não pagar a «manutenção da conta», mesmo que esta tenha sido aberta por imposição do Estado para por ali receber a pensão. E a CGD é desse Estado. Mas é igual aos bancos em exploração. E há tanta gente a dizer mal desses tempos que nem imaginam como eram melhores do que agora, em muitos aspectos.
Abraço

Adelaide disse...

Obrigada querido amigo pelo seu belo comentário.
Que bom, já está entre nós. A minha vontade de escrever desvaneceu-se mas, assim, ela volta. Estave preocupada consigo porque, afinal estamos no mesmo patamar da vida e o cansaço não deixa de nos atacar.
Porém, somos daquele que não se dão por vencidos e queremos viver a vida.

Saúde e um grande abraço
Milai