segunda-feira, dezembro 31, 2007

domingo, dezembro 30, 2007

sábado, dezembro 29, 2007

ESCOLA DO EXÉRCITO - 1880-1882

Saíamos da Escola depois de um exame solene. Uma espécie de exame de madureza. O juri era composto de 9 espaventosos generais, no seu conjunto, que até nos ofuscavam os olhos.

Chamava-se exame de habilitação, embora habilitasse para coisa nenhuma.

O Cagarreta expunha, nas sebentas, a diferença entre as bombas dos morteiros de alma lisa e as granadas de mão:
" Diga-me a diferença que há entre as bombas e um outro elemento que o senhor sabe qual é".
" As granadas de mão ?".
" Sim senhor: isso mesmo".

E ficou muito contente por ver que eu sabia qual era o outro ELEMENTO.

sexta-feira, dezembro 28, 2007

RECORDAÇÕES

NICOLAU TOLENTINO DE ALMEIDA


O bom Demócrito ria,

do que a nós nos causa dor;

Ele mui bem o entendia:

Vamos nós também senhor,

Fazer o que ele fazia.

domingo, dezembro 23, 2007

O Meu Primeiro Girassol



Andava na minha cabeça,
às voltas...
Faço, não faço...
Será que sou capaz!

Mesmo sem técnica,
comecei. Senti um medo
um medo estranho
mas belo. Gostei.

Ou antes,
Gostaram os meus olhos
e o meu coração.
Outros olhos não gostarão.

Se assim for, o meu perdão!
Posted by Picasa

domingo, dezembro 16, 2007

A MINHA ÁRVORE VANGUARDISTA


A minha proposta para as árvores do futuro.
Nascem de fininho e vão-se alargando devegarinho.
Milai

quinta-feira, dezembro 13, 2007

O MEU MAR

As águas verdes
tranquilas ou ondulantes
que o meus olhos enxergam
e admiram sem descanso,
pertencem ao meu mar
porque nele me molho se quero
ou não molho e só o olho.

As areias lisas
ou já calcadas,
pertencem ao mar verde
que as alisa quando quer.
Porque uma areia lisa
lembra uma seda
quase brilhante
quase ondulante
se houver uma brisa.

Estendo-me nessa areia seda,
sinto o calor que me aconchega.
Cobre-me o azul do céu
que me encanta, me enleva
e acalma os meus turbilhões.
Medito, relembro o que já passou
mas esqueço, lembrar para quê?

segunda-feira, dezembro 10, 2007

AS LÁGRIMAS

Molhadas
Salgadas
Importunas
Atrevidas
Ligadas estão aos estados
d´alma das nossas vidas...
Amantes da tristeza
Menos d´alegria
Por vezes... ajudam...
Quem diria!
Se se vertem
Cresce espaço dentro
O ar desanuvia
tudo fica mais leve
Adeus tristeza
Viva a alegria...

Autora - Maqira

quinta-feira, dezembro 06, 2007

quarta-feira, dezembro 05, 2007

UMA HISTÓRIA TRISTE

Não podia ter sido pior...

As primeiras décadas do séc. XIX foram palco da vida infeliz de um
grande homem. Era filho de artistas ambulantes que o deixaram neste mundo quando ainda era de tenra idade. Tomou conta dele um negociante de tabaco, que nunca o perfilhou. Foi sempre muito irrequieto, em criança e em rapaz e, nos seus tempos de escola, os colegas sempre o apontaram como sendo filho de pais pobres. Tudo contribuia para a sua infelicidade.
Já homem feito, na Universidade, nunca se sentiu bem no meio dos colegas ricos e de boas famílias. Com a ajuda de seu "pai" entrou na Academia Militar mas, em lado nenhum conseguiu terminar a sua instrução. Foi até "premiado" com a demissão da Academia.

Como consequência de tanto insucesso, viveu sempre entre a pobreza e a doença. Mesmo assim, como ser humano e homem, apaixonou-se, casou e até conseguiu ser um pouco feliz, mas, nem queria acreditar! E tinha razão porque, mais uma vez a desgraça o atingiu. Estava mesmo destinado a conhecer só a adversidade. A mulher morre jóvem, numa enxerga, quase sem roupa para se aquecer, valendo-lhe só o calor do gato e das mãos de Poe e de sua mãe. Porque, este homem infeliz era, nem mais nem menos, Edgar Allan Poe. Terminou a sua existência da forma mais triste, por causa do vício a que se entregou, a bebida. Só nela, infelizmente, encontrou um pouco de força para vencer os dias da sua dura existência até que o seu fim chegou. Tombou na sargeta, e depois no hospital onde entregou a alma ao Criador.

E foi este um dos maiores poetas americanos.

ORFEU O "PAI DO CANTO"

A HISTORIA DE ORFEU E EURIDÍCE

"PAI DO CANTO" foi o título que lhe deram. Era considerado músico lendário e poeta. Diz a lenda que recebeu uma lira de Apolo e que as deusas das artes, as Musas, eram suas mestras. Com a música que elas lhe ensinaram foi capaz de encantar os homens e os animais, dar movimento às árvores e até, segundo a lenda, mover rochedos!!!
Sua esposa, Euridíce, morreu, e ele suplicou ao seu Deus padroeiro que lhe desse capacidade para a libertar do reino de Plutão. Sua prece foi ouvida com uma condição: "não deveria olhar para ela enquanto não estivesse completamente fora do mundo subterrâneo". Com a sua música conseguiu maravilhas. Venceu Plutão e as Fúrias que são criaturas selvagens que guardam as portas desse mundo escuro de morte. Porém aconteceu o que não devia ter acontecido. À vista de Orfeu, Euridíce ficou louca de amor e não percebia porque Orfeu não olhava para ela!!! Pediu-lhe que a olhasse e ele... não resistiu...! Euridíce, ainda não estava completamente liberta da escuridão, e o olhar do seu bem amado, por ter desobedecido à condição acordada com o seu Deus padroeiro, empurrou-a de novo e para sempre para o mundo de Plutão. Esta história de amor bela mas funesta serviu de tema a muitas óperas especialmente as de Gluck e Monteverdi

UMA LIÇÃO DE MORAL


Tenho de dar os parabéns ao autor desta foto. É verdadeiramente incrível e dá muito que pensar. O mundo animal dá aos humanos verdadeiras lições de amor. Tenho bem presente ainda o nascimento duma girafa. Verdadeiramente comevedor. Não resisto à tentação de contar o que estes meus olhos viram e jamais vão esquecer. A girafa mãe, gordinha, procura vagarosamente o local que pensa ser adequado para expelir o seu rebento. Este, também vagarosamente, sem pressas, começa por espreitar a luminosidade do mundo que é para si, ainda, uma verdadeira incógnita. Parece que não desgosta do que vê, já que não recua, apesar dos seus olhos não estarem ainda preparados para uma visão perfeita. E como também não pode continuar no quentinho visto que mãe lhe ordena "sai de mim que já é tempo", o nascituro é portanto obrigado a obedecer, o que é muito lindo e demonstra boa educação. E, ai vem ele a toda a velocidade tomar contacto com o chão duro que o espera. Fica meio atordoado, levanta, cai, torna a levantar, torna cair mas, depressa controla os movimentos e, finalmente consegue manter-se em pé, embora ainda meio titubeante. E não é que vai direitinho à chucha da mãe? Vem com fome o espertalhão que até já sabe onde ela se encontra para seu deleite. Depois, o que vem a seguir é também mais uma maravilha da natureza. O zelo, o amor que a mãe zebra dá ao seu filhote, o cuidado que demonstra para que nada lhe aconteça, não deixando que algum animal abusado tenha o desplante de se aproximar, na mira, talvez, de encontrar ali algo tenrinho para saborear! Quanto aos humanos, que tristeza, quão inconcebível. Uma mãe, que não zebra claro, é capaz de enfiar o seu filho, lindo, como lindos são os bebés, dentro dum saco de plástico para o deitar ao rio!!! Mas, voltando atrás, já que me deixei ir na corrente, a lição que se tira da maravilhosa foto lá em cima, é que a convivência humana, desgraçadamente, deixa muito a desejar!... Quanto mais haveria para dizer...

segunda-feira, dezembro 03, 2007

ALMOÇO FAMILIAR NA ÚLTIMA PÁSCOA





Na última Páscoa...

Avós, Filhos e Netos, decidiram realizar o almoço de Páscoa num restaurante de aldeia. Se tem chouriço ou não, é o que se verá. O que não se dispensa é o sol que tem que marcar a sua presença já que tem andado muito arredio. A chuva, com todo o respeito, já regou a natureza que baste, portanto, que nos deixe em paz e fique sossegadinha nas suas núvens lá pelas alturas. E tenho dito.
Boa próxima Páscoa para todo o Mundo.

domingo, dezembro 02, 2007

DEITAR CEDO E CEDO ERGUER...

Domingo, 2 de Dezembro 2007.

Acordei cedo, por volta das 4 da manhã, porque também me aconcheguei muito cedo nas asas de Morfeu. Quando assim me acontece, o sono vem a correr para me cerrar os olhos porque sabe que este é o melhor sono, o mais tranquilo, o que nos faz recuperar as energias perdidas no dia anterior. Dormi...deixei tudo para trás porque o que lá vai, lá vai, sonhei, como se estivesse vivendo uma outra vida, a vida das noites que, a maior parte das vezes, ao acordar já mal lembro. Passada esta fase de descanso, devagarinho vou saindo do meu inconsciente e, logo aquele sabor maravilhoso do café da manhã começa a povoar a minha mente. Porém, só depois de elevar ao alto as primeiras palavras de mais um dia que me foi concedido para viver, só então, volto à posição vertical, e tudo começa. Enquanto preparo o meu tão desejado café com torradas, ligo o rádio, sintonizado sempre na Antena 1, e, está, nesse momento, preciso, a ser transmitido um programa que me obrigou a pegar num papel e numa esferográfica para não esquecer o diálogo que tanto me iria interessar.

Álvaro Garrido, dicção calma, tranquila, fácil de ouvir, sem pressas, professor. começa por comparar o Mundo de hoje a uma Torre de Babel. Gostei e concordei. Entre muitas outras coisas de que falou, outra não deixei de anotar: Portugal, hoje em dia, preocupa-se demasiado com a sua hiperidentidade. Gostei e apludi.

De seguida disse ser um amante do cinema, mas não do cinema de hoje por causa das pipocas... ri e concordei, porque...além de deixarem o cinema em estado de sítio, custam os olhos da cara das vovós porque, a seguir às pipocas não dispensam, os jovens de hoje a tão bebida coca cola da qual eu também já me sinto um pouco viciada.

Álvaro Garrido, professor em Coimbra, dá muito mais valor ao cinema antigo, cinema português, sem o barulho das pipocas e o sorver da coca cola, cinema onde se convivia no intervalo, se trocavem ideias e até se faziam amigos. "VERDES ANOS" foi o filme, feito por Paulo Rocha e apresentado em estreia em Novembro de 1963. Filme este, maravilhosamente acompanhado pela guitarra do nosso Carlos Paredes.

Falou também sobre o Neorealismo dando exemplos bem tristes de vidas tristes, de crianças com fome...e por aí adiante...

Não dei por perdido o tempo que "ganhei" ao tomar conhecimento de factos de valor, por isso gosto da Antena 1. É esta a minha companhia das manhãs também porque não dispenso o diálogo de Ana Mesquita e Júlio Machado Vaz cujos temas não são de perder.

E fico-me por aqui, por agora, antes que tudo desapareça do monitor, como já me tem acontecido várias vezes.

Aos meus amigos, o meu abraço

Adelaide