Olá Pedro,
Como pediste, aqui vai a tradução do texto que escrevi em espanhol sobre o Padre Ramon Cué e o seu " Mi Cristo Roto". Obrigado pelas tuas simpáticas palavras:
- Amigos, vou falar-vos do meu Cristo Partido. É uma história simples, íntima. Dedico-a aos homens cansados de um dia de trabalho e até da vida.
Encontrei o meu Cristo quando visitei a feira "Jueves" em Sevilha. Aí se vendem antiguidades e velharias. Realiza-se às 5ªs feiras (Jueves significa 5ªfeira) e, também Judas vendeu Jesus a uma 5ª feira.
- O tema de Cristo na Cruz é o meu predilecto e os Cristos barrocos espanhóis são os meus preferidos assim como os andaluzes, finos e elegantes, com menos músculo que os Cristos castelhanos. São menos atletas mas mais esbeltos. Na verdade, sou um assíduo visitante da "Jueves" em Sevilha. À vezes penso comigo: e se eu encontrasse na "Jueves" um Cristo sevilhano, pequeno, bem talhado e barato? E vou à "Jueves". No passeio, sobre mesas e caixotes, estão expostos os mais diversos objectos, todos revolvidos. Mas...Cristo pode ser encontrado entre porcas e pregos, roupa velha, sapatos e livros. O importante é saber encontrá-lo...porque Cristo está entre todas as coisas desta vida, velhas e novas, que todos temos. Porém, naquela manhã, na "Jueves", não O encontramos. Será mais fácil encontrar Cristo num antiquário mas é muito mais caro por ser zona de antiquários. É o Cristo com imposto de luxo, encarecido por causa dos dólares dos turistas americanos...Cristo está mais caro desde que se intensificou o turismo...
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