- É bom ser importante, mas mais importante é ser bom.
- Se queres que digam bem de ti, não digas mal dos outros.
- As lágrimas mais dolorosas são as lágrimas não derramadas.
- Por mais dura que seja a vida, vive-a.
sábado, fevereiro 25, 2006
Olhai os lírios por esses campos, puros e brancos, e em belos jardins...
Regalo para olhos, de beleza desejosos, Lírios lindos e cheirosos...
Verissimo deles falou em romance que nos deixou e nos encantou...
(Os lírios são as flores de quem nasceu em 1 de agosto, portanto são para a Mariana com um beijo da Vovó)
NÃO TENHO TUDO
QUE AMO MAS AMO
TUDO QUE TENHO.
maqira
Belo Narciso isolado, espontâneo de nascimento. Em Portugal encontrado, entre verduras ao vento.
(Para uma jovem que eu amo e que nasceu a 4 de Março)
(Horóscopo de flores)
QUEM VIVE AMA, QUEM AMA LUTA, QUEM LUTA VENCE.
sexta-feira, fevereiro 24, 2006
O israelita Moshe Safdie, jovem arquitecto, inventou esta espectacular construção a que deu o nome de HABITAT. A construção desta montanha habitável seria, segundo ele, a solução para a habitação, e situa-se em Montreau no Canada.
Apesar de jovem, deram-lhe a oportunidade de realizar o seu projecto. Não lhe cortaram as pernas, confiaram, é de louvar! Foram construidas 158 vivendas de vários tamanhos e, como já havia referido, a sua ideia era proporcionar o máximo de radiação solar (segundo palavras do autor do site).
terça-feira, fevereiro 21, 2006
Numa das minhas incursões pela enorme teia de conhecimentos e informação que é a World Wide Web, encontrei este espectacular conjunto habitacional, aglomerado de casas sobrepostas, talvez único no género a nível mundial.Parece não ter havido, por parte do arquitecto, a preocupação do alinhamento, tanto em altura como em largura. Considero-a uma arquitectura completamente invulgar e que demonstra bem a coragem do seu criador que, provavelmente,terá sido alvo de contestações. A sua preocupação primeira foi que todas as habitações fossem arejadas (sem barreiras que impedissem o vento de se deslocar na direcção a que a sua própria força o impele) e também iluminadas. A maior de todas as estrelas, que a todos aquece e empresta a sua luz, também ela não é impedida de atirar os seus fachos luminosos para as janelas deste complexo. Quando se olha esta obra de arte é-se levado a pensar naquelas constuções que se fazem com baralhos de cartas, e que, ao mais pequeno toque ou sopro de vento se desmoronam. Permitir-me-ia chamar-lhe um fantástico, talvez único labirinto arquitectónico. Escapou-me o nome do país onde tal maravilha se encontra localizada. Por muito que tenha tentado procurar essa informação ainda não consegui voltar ao local onde a encontrei. Não vou desistir.
domingo, fevereiro 19, 2006
Olá Pedro,
Como pediste, aqui vai a tradução do texto que escrevi em espanhol sobre o Padre Ramon Cué e o seu " Mi Cristo Roto". Obrigado pelas tuas simpáticas palavras:
- Amigos, vou falar-vos do meu Cristo Partido. É uma história simples, íntima. Dedico-a aos homens cansados de um dia de trabalho e até da vida. Encontrei o meu Cristo quando visitei a feira "Jueves" em Sevilha. Aí se vendem antiguidades e velharias. Realiza-se às 5ªs feiras (Jueves significa 5ªfeira) e, também Judas vendeu Jesus a uma 5ª feira.
- O tema de Cristo na Cruz é o meu predilecto e os Cristos barrocos espanhóis são os meus preferidos assim como os andaluzes, finos e elegantes, com menos músculo que os Cristos castelhanos. São menos atletas mas mais esbeltos. Na verdade, sou um assíduo visitante da "Jueves" em Sevilha. À vezes penso comigo: e se eu encontrasse na "Jueves" um Cristo sevilhano, pequeno, bem talhado e barato? E vou à "Jueves". No passeio, sobre mesas e caixotes, estão expostos os mais diversos objectos, todos revolvidos. Mas...Cristo pode ser encontrado entre porcas e pregos, roupa velha, sapatos e livros. O importante é saber encontrá-lo...porque Cristo está entre todas as coisas desta vida, velhas e novas, que todos temos. Porém, naquela manhã, na "Jueves", não O encontramos. Será mais fácil encontrar Cristo num antiquário mas é muito mais caro por ser zona de antiquários. É o Cristo com imposto de luxo, encarecido por causa dos dólares dos turistas americanos...Cristo está mais caro desde que se intensificou o turismo...
Estava muito sol!
Viva a liberdade.
sábado, fevereiro 18, 2006
Não podia ter sido pior...
As primeiras décadas do séc. XIX foram palco da vida infeliz de um grande homem. Era filho de artistas ambulantes que o deixaram neste mundo quando ainda era de tenra idade. Tomou conta dele um negociante de tabaco, que nunca o perfilhou. Foi sempre muito irrequieto, em criança e em rapaz e, nos seus tempos de escola, os colegas sempre o apontaram como sendo filho de pais pobres. Tudo contribuia para a sua infelicidade. Já homem feito, na Universidade, nunca se sentiu bem no meio dos colegas ricos e de boas famílias. Com a ajuda de seu "pai" entrou na Academia Militar mas, em lado nenhum conseguiu terminar a sua instrução. Foi até "premiado" com a demissão da Academia.
Como consequência de tanto insucesso, viveu sempre entre a pobreza e a doença. Mesmo assim, como ser humano e homem, apaixonou-se, casou e até conseguiu ser um pouco feliz, mas, nem queria acreditar! E tinha razão porque, mais uma vez a desgraça o atingiu. Estava mesmo destinado a conhecer só a adversidade. A mulher morre jóvem, numa enxerga, quase sem roupa para se aquecer, valendo-lhe só o calor do gato e das mãos de Poe e de sua mãe. Porque, este homem infeliz era, nem mais nem menos, Edgar Allan Poe. Terminou a sua existência da forma mais triste, por causa do vício a que se entregou, a bebida. Só nela, infelizmente, encontrou um pouco de força para vencer os dias da sua dura existência até que o seu fim chegou. Tombou na sargeta, e depois no hospital onde entregou a alma ao Criador.
E foi este um dos maiores poetas americanos.
quinta-feira, fevereiro 16, 2006
Como o Padre Cué em Sevilha quando visitou el Jueves para encontrar um Cristo, já que era grande apreciador de ícones de Santos, também eu entrei num antiquário deixando que meus olhos percorressem a seu bel prazer todas as velharias ali expostas. Por curiosidade peguei num livro velho, já sem capa, com folhas rasgadas e cheio de pó. Parecia querer dizer "que saudades dos meus velhos tempos em que mãos suaves me tocavam e as minhas folhas cheiravam a papel novo. Abri ao acaso, e o acaso me levou para a página do AMOR:
Não vês como eu sigo teus passos, não vês? O cão do mendigo Não é mais amigo Do dono, talvez!
Ao pé de uma fonte No fundo de um vale, No alto de um monte De vasto horizonte Sem ti estou mal!
A pomba que abraça no ar o seu par, E a nuvem que passa Não tem essa graça Que tens no andar!
Eu amo-te, e sigo Teus passos, bem vês! O cão do mendigo Não é mais amigo do dono talvez!
terça-feira, fevereiro 14, 2006
Hoje comemora-se o dia dos namorados, e a comunicação social resolveu lembrar e bem, o grande amor entre D. Pedro, filho do nosso Rei D. Afonso IV, e D. Inês de Castro. Entristece os corações o modo como este amor acabou, devido a interesses políticos a que no tempo se dava grande valor. Executam D. Inês, ficam 3 filhos sem mãe, o 4º filho já tinha morrido à nascença, e eis que D. Pedro, com o desgosto, nunca mais casou, e resolveu, também ele, mandar matar os que tinham aconselhado o Rei a acabar com a vida de D. Inês. Aprendi, nos meus tempos de escola, o nome desses matadores, como eram designados, e até hoje não mais os esqueci. Foram eles, Álvaro Gonçalves, Pêro Coelho e Diogo Lopes Pacheco (este último conseguiu fugir, o danado! Do que ele se livrou! Provalmente, a este teriam tirado o coração pela boca, já que aos outros dois, o dito foi tirado, a um pelas costas e a outro pelo peito. Ah, grande castigo. Quantos hoje, não mereceriam tal sentença!!! Quantas atrocidades hoje se cometem, que não se cometeriam!!!
maqira 14.02.06
segunda-feira, fevereiro 13, 2006
Hoje comemoram-se os 100 anos, se fosse vivo, (deixou-nos em 1994) do Mestre das Palavras, e Filósofo, AGOSTINHO DA SILVA. A primeira coisa que ouvi hoje quando acordei, no meu pequeno transistor que escondo debaixo da almofada, foi a seguinte frase, que ele disse, lembrada por alguém que muito o admirava: "Temos que nos ocidentalizar (em vez de consciencializar) pois há muito norte, abaixo do Equador, e que passa por cima da nossa cabeça. O meu comentário foi um simples "Eiiiiii...grande homem, que profundo pensamento..." Dá para pensar.
Maqira
Ramón Cué começa assim:
"Amigos, voy a hablaros de - MI CRISTO ROTO- . História sencilla, íntima. Es para los hombres cansados del dia y de la vida. Encontré mi Cristo quando me fui al "Jueves" (diz-se "Ir al Jueves" ) . ((Feira onde se compram objectos antigos. E Padre Cué continua)): Lo compré en jueves (5ªfeira) y también Judas lo vendió en jueves. - El tema de Cristo en la Cruz me subyuga y los Cristos barrocos españoles llevan mis preferencias aunque los andaluces, finos y elegantes con menos músculo que los Cristos castellanos. Menos atletas pero más esbeltos. En verdad, soy asiduo visitante del "Jueves" en Sevilla. Siempre pienso que si yo encontrara en el "Jueves" un Cristo sevillano, pequeño, de buena talla, barato... Y mi voy al "Jueves". Sobre la acera y sobre mesas y cajones se exiben los más diversos objetos. Todo revuelto. Porque a Cristo se puede encontrar entre tuercas y clavos, ropa vieja, zapatos e libros. La cosa es saber buscarlo....porque Cristo está entre todas las cosas revueltas de esta vida revuelta que nosotros tenemos... pero, en el jueves, aquella mañana no lo encontramos. Más fácil encontrar a Cristo en un anticuario (la Casa del Artista a Sevilla) pero mucho más caro por ser zona de "anticuários". Es el Cristo con impuesto de lujo, encarecido por los dólares del turista americano. Cristo está más caro desde que se intensificó el turismo..........
(Esta linguagem simples e encantadora prova a razão pela qual me apaixonei por este livro. Tomei a liberdade de pegar nas palavras do Padre Cué e de lhes dar o meu jeito para reduzir um pouco o tamanho. Não é, portanto, uma cópia a 100%).
sexta-feira, fevereiro 10, 2006
RAMON CUÉ, Padre espanhol, costumava fazer umas meditações, pela quaresma. Escrevia livros e, um deles veio ter comigo, não sei como, (...sou perita a esquecer coisas importantes da minha vida...). Esse livrinho, minúsculo, fez as minhas delícias quando decidi me acolher no meu canto para o percorrer com estes olhos que a terra há-de.......soborear. É uma bela história, simples , daquelas que, quando entra já não sai... (segue)
maqira 10.02.06
quinta-feira, fevereiro 09, 2006
Como prometido, venho dizer que esse homem se chamava Arthur Schopenhauer, de nacionalidade alemã e era considerado, desde muito novo, um jovem filósofo. Teve uma infância de lamentar, pois o pai suicidou-se quando Arthur tinha 17 anos e a mãe levava vida de libertina. Por tudo isto, perdeu o respeito e a confiança nos outros homens. Tinha nervos, era triste, muito desconfiado e odiava as mulheres. Ele escrevia e sentia felicidade nisso. A sua vida foi muito solitária, sem família, mas, não se pode dizer que tivesse sido infeliz. Tinha um único companheiro, de quem gostava muito: um cãozinho. Como era muito inteligente, do pouco fez muito e conseguiu viver sem dificuldades financeiras.
- Não sei qual foi o autor desta frase fabulosa. Que não fui eu disso tenho a certeza. Depois de dar de olhos com ela não podia passar à frente sem ver que homem tinha sido capaz disso. Porque, eu acho, há tanto pesar no mundo em que estamos, quase todos, a TENTAR viver, que, 'arrancar' prazer de algo que nos rodeia e nos entristece, para usufruir de um pouco dele... vamos em frente... vamos arrancá-lo... e saboreá-lo...
Hei-de voltar a este tema para dizer o nome desse homem fabuloso.