O CICLO DO TEMPO
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Tempos mudando...
Estações reduzindo
Lenta, lentamente
Eram quatro, são duas ...
Chuvas e sóis.
Chuvas que alagam as terras,
As casas, rios que transbordam
E perdem a sua pacatez suave e brilhante
Que o mar já não acolhe em seu leito
Porque se perderam pelos campos sem fim.
Culturas destruidas
Casas abandonadas
Olhos que choram de dor,
Tudo perdido...
Depois... a natureza verde
Vai rompendo
Hastes que crescem longas, tenras
E apontam ao céu
Parece que a esperança nasce...
Porém...
O sol vem devagarinho...
Com pezinhos de lã...
Mas vai aquecendo, aquecendo...
Lá se vai a esperança de novo.
Calor demasiado...
Tudo queimado...
Beleza verde que morre,
Flores que murcham
Chuva que volta,
Rios que transbordam...
ADELAIDE - autora
2 comentários:
A rotação da Natureza. O movimento sinusoidal, a rotatividade os alcatruzes da nora. Mas desse ciclo repetitivo sai o desenvolvimento, a vida real. As civilizações primitivas, essencialmente agrícolas desenvolveram-se nas bacias de grandes rios, o Nilo, o Tigre, o Eufrates. As inundações fertilizavam os campos com o aluvião que depositavam. Depois tudo nascia e crescia mais pujante. O ciclo continuava. Faz lembrar a invenção feita pelo homem muitos séculos depois ao criar a manivela, a manivela, a cambota que transformam o movimento de vai-vem em movimento de rotação que permite o avanço das viaturas.
Belezas da natureza e da técnica em que raramente pensamos, por falta de tempo, todo gasto em corridas loucas pelos bens materiais que originam stress.
Beijinhos
João
um elogio ao inverno que tanta tristeza trás nos dias mais escuros e ao qual não conseguimos escapar(neste momento se pudesse estaria a voar para terras mais quentes,sou sincera!!)mas como não posso vou pensar como um nosso amigo .que diz quando acorda num dia de chuva,"que belo dia de chuva"!
continua a postar que estar-te a sair da casca!:-))
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