sábado, março 29, 2008
MAIS UM POEMA CANÇÃO DOS VELHOS TEMPOS A OCUPAR A MINHA MENTE PENSANTE
Não há maior desengano
nem vida que dê mais pena
do que a vida d'um cigano...
Atravessar a fronteira,
para ser atravessado
por uma bala certeira...
E tudo porque o destino,
Só vez ver a um peregrino,
companheiro do luar,
um pobre judeu errante
que não tem pátria nem lar...
E o contrabandista,
temido e valente,
seguia montado no seu alazão,
Um tiro se ouve,
e um braço dormente,
E um rasto de sangue
marcado no chão...
Maqira (dito de cor)
sexta-feira, março 28, 2008
PEQUENO POEMA
Va Pensiero de Verdi
A FASE MÁGICA DA MINHA VIDA. NÃO HÁ PALAVRAS PARA A DESCREVER.
O ESTILO DE MÚSICA QUE ME FAZ TREMER DE EMOÇÃO E DA QUAL SINTO SAUDADES IMENSAS.
ESTAR DENTRO É ESPECIAL. ESTAR NO PALCO É DIFERENTE.
Móvel antigo e uma bela decoração
BREVES FERIAS EM SANXENXO
terça-feira, março 25, 2008
sábado, março 15, 2008
A ALGUEM QUE NÃO ME CONHECEU
POEMA DE VIEIRA LISBOA -1942
FOSTE O PRIMEIRO QUE EU AMEI,
QUE EU QUIZ COMO SE QUERE O AMOR:
COM TERNURA...PAIXÃO...AMIZADE...FERVOR.
COMO ISSO SUCEDEU,
NEM SEI...SÓ SEI
QUE EU PEREGRINA DE UM AMOR QUE NÃO ACALMA
TE POSSUÍ FISICAMENTE A ALMA...
E FOSTE O ÚNICO QUE NÃO ME COMHECEU.
SÓ SEI QUE SENDO EU UM SER CATÓLICO
TINHA O DESEJO (PARA MUITA GENTE INSÓLITO)
DE COMUNGAR
O TEU CORPO
NA HÓSTIA DO ALTAR...
E FOSTE O ÚNICO QUE NÃO ME CONHECEU.
..............
Maqira
terça-feira, março 11, 2008
UM POEMA TEIMOSO...
Um poema teimoso e uma mente conservadora. O problema é que a mente em questão conserva o que podia deixar sair o que pouco interesse tem nesta fase de vida, e conservar o que agora poderia dar prazer lembrar, como, um pequeno exemplo... um certo bilhetinho branco (um segredo quase só meu). Decorridos que são anos e anos de primaveras, verões, outonos e invernos.
Um simples exemplo: matrículas de automóveis que fizeram parte da minha vida...lembro-as todas desde criança. Um espaço ocupado sem qualquer interesse. Porém, uma há que tenho uma certa vaidade em lembrar. Decorriam os anos 30 e, o Austin beije com uma escadinha para se poder entrar, era MN-55-28!!!
Mas, vamos ao poema em título, que devo ter lido uma só vez, naquela fase da infância em que a mente tem ainda muito espaço para ocupar. Poema esse que, assentou arraiais, e nunca mais me abandonou. Às vezes recito-o, mas só para ver se ainda cá está, e está!
***AS ARCAS DE MONTEMOR***
ENTRE ESCOMBROS, NA RUDEZA DA VETUSTA FORTALEZA,
BATIDAS PELO VENTO AGRESTE,
EMPEDERNIDAS, CERRADAS, HÁ DUAS ARCAS PEJADAS,
UMA DE OIRO, OUTRA DE PESTE.
NINGUÉM SABE AO CERTO
QUAL DAS DUAS ARCAS ENCERRA
O FECUNDO MANANCIAL
QUE FARTARÁ DE OIRO A TERRA MESQUINHA DE PORTUGAL,
OU QUAL, SE MÃO IMPRUDENTE, LHE ERGUER A TAMPA FUNÉRIA
VOMITARÁ, DE REPENTE, A FOME, A FEBRE E A MISÉRIA
QUE MATARÃO TODA A GENTE.
E NESTAS PERPLEXIDADES
E ETERNAS HESITAÇÕES,
TÊM DECORRIDO AS IDADES
TÊM PASSADOS AS GERAÇÕES,
SEM QUE ROMANOS NEM GODOS
NEM ÁRABES NEM CRISTÃOS,
RUDES NA ALMA E NOS MODOS,
DUROS NO ASPECTO E NO TRATO,
CHEGUEM AO DESACATO,
DE LHES TOCAR COM AS MÃOS
QUEDOU-SE...OS BRAÇOS ERGUIDOS,
O OLHAR ATÓNITO E ERRANTE,
SEM SABER DE QUE LADO
VINHA MORRER-LHE AOS OUVIDOS,
UMA VOZ AGONIZANTE, ENTRE AMEAÇAS E GEMIDOS...
Ó POVO DE MONTEMOR...
SE ESTÁS MAL...
SE ÉS DESGRAÇADO...
SUSPENDE...
TOMA CUIDADO...
QUE PODES FICAR PIOR...
E, NESTAS PERPLEXIDADES
E ETERNAS HESITAÇÕES,
HÃO-DE PASSAR AS IDADES,
DECORRER AS GERAÇÕES,
SEM QUE ROMANOS NEM GODOS,
NEM ÁRABES NEM CRISTÃOS,
RUDES NA ALMA E NOS MODOS,
DUROS NO ASPECTO E NO TRATO,
CHEGUEM AO DESACATO
DE LHES TOCAR COM AS MÃOS...
MAQIRA (dito de cor)
domingo, março 09, 2008
DECISÃO ACERTADA
Vou olhar a Natureza, voltar os olhos para tudo que é belo, admirar as cores, as formas, a simplicidade e o fantástico. Vou descobrir os milagres que todos os dias acontecem e que deixamos passar, sem ver... Sim, é tristemente verdade! Habituamo-nos a não ter tempo para os belos pormenores que nos rodeiam! Olhamos o nada, o que não tem beleza, só as ruas, as lojas, as pessoas que andam apressadas...Damos mais atenção ao dia a dia, que nada tem de belo, e que é tão cansativo! E porque não tirarmos uns minutos por semana, (como fiz hoje e não me arrependo) esquecer o corre corre, sair de casa, olhar o céu e as nuvens. Que belas são as nuvens, que belas formas apresentam porque os ventos e as brisas brincam com elas na imensidão dos ares, gozando dum belo azul como cor de fundo. É mágico o mundo em que vivemos! Entretanto, já avisto a imensidão das águas. Os meus olhos não têm tamanho suficiente para abarcar todo aquele verde que me refresca, que me dá força, que me lava a alma.
Parada, observo os navios ao longe. Sento-me para descansar e, mais um milagre acontece. Junto de mim, nascida de uma brecha do chão duro, seco e esbranquiçado, uma delicada flor azul, bela como as mais belas, fez-me pensar: "E se eu a arrancasse desta secura, a acariciasse nas palmas das minhas mãos, não frias, e a chegasse aos meus lábios, com doçura...Assim pensei e assim fiz. Beijei-a suavemente.
É agora uma amiga flor, que tem sede de água. Dou-lha. Ela como que me agradece. É o alimento que lhe dou até que ela se aguente, quem me dera que para sempre mas, este mundo mágico há-de roubar-ma, levar-ma triste e seca. Para onde? Não sei!!
quarta-feira, março 05, 2008
A MÃE PRONTA À ESPERA DA BOLEIA
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