quarta-feira, abril 22, 2009

O TINTEIRO DE PORCELANA


Em 1885, um velho professor, tinha sobre a mesa um lindo tinteiro de porcelana. Era um dos seus objectos de estimação. Muitas vezes recomendava: "Não toquem no meu tinteiro".
Porém, partiu-se, porque, numa certa terça-feira, dois alunos ficaram na aula, na hora do recreio e, malvada tentação, um deles, o André aproximou-se da mesa do professor, olhos pregados no tinteiro, pegou-lhe, e zás, deixou-o cair...chorou,tremeu, sem saber o que fazer. O seu colega, o Leão, bom rapaz e bom amigo, juntou os pedaços e consolou o André como pôde. Entretanto, entra o professor que logo vê o seu tinteiro em pedaços. Desgostoso e indignado disse: "O culpado que se levante para apanhar três palmatoadas. Objecto que, felizmente acabou por desaparecer das salas de aula. Silêncio profundo. Leão levantou-se e estendeu a mão. Nesse momento, uma voz lá do fundo grita: não foi ele, não foi ele! Expliquem-se, disse o professor. Leão diz: na verdade não fui eu, foi o André. Mas ele está tão triste, não queria partir o tinteiro, e é tão pequenino que prefiro eu receber o castigo. Todos os outros alunos gritaram: PERDÃO, PERDÃO. O professor, comovido com a boa acção do Leão abraçou-o, como prémio bem merecido, e uma chuva de aplausos inundou a aula graças à boa acção do Leão. O valor que tem uma simples palavra : PERDÃO.

Obs: Li este texto que achei encantador porém, nunca copio as palavras do autor. Conto o que leio, com palavras minhas, dou-lhe as minhas voltas, conforme o meu próprio gosto. Não menciono o autor porque as primeiras folhas se perderem.